5 dicas para evitar surpresas desagradáveis na impressão gráfica

Se acredita que, na altura do processo criativo, não deve pensar já no processo de impressão gráfica, então está totalmente errado e pode ser surpreendido com tarefas inesperadas na altura em que pensava ter tudo finalizado.

Do ponto de perspetiva das gráficas e tipografias, existem sempre certas regras que determinam se uma impressão sai com qualidade ou não.

Muitos clientes que imprimem os seus trabalhos reclamam indevidamente porque o resultado final não corresponde aquilo que tinham criado no computador.

Por muito que consigamos entender o lado do cliente, temos de reconhecer que essas são falhas que escapam às nossas próprias máquinas de impressão gráfica.

Quer evitar então surpresas desagradáveis? Bem, as dicas que reuni e que apresento abaixo não são totalmente infalíveis, mas podem empurrá-lo na direcção certa. Vamos lá?

1. Evite utilizar RGB

O sistema de cores é uma das primeiras coisas que deve considerar antes de se lançar ao trabalho. Nos softwares de edição, pode trabalhar com dois sistemas de cores: o CMYK e o RGB.

Por norma, os processos de impressão offset e flexografia utilizam o sistema CMYK, de cores substrativas, o que significa que este sistema de cores é sempre preferencial no processo de impressão gráfica.

Caso contrário, se enviar para impressão um ficheiro com sistema RGB, as cores vão ser convertidas automaticamente para CMYK e a conversão fica destorcida.

Se já ficou insatisfeito porque as cores de uma impressão ficaram muito aquém do que tinha idealizado, é quase certo que o problema partiu do sistema de cores que utilizou. Tenha mais cuidado no futuro!

 

 

2. Deixe espaço para margens

Antes de fazer seja o que for no seu documento, tenha o cuidado de configurar a sangria – ou sangra.

Esta é uma área a mais que terá no documento para assegurar que toda a criatividade fica dentro do espaço delimitado, evitando assim que a impressão apresente uma margem branca.

Idealmente, a sangra deve ter entre 2 a 3 milímetros. Esta é a medida suficiente para evitar que este problema surja na sua impressão e para que o resultado final seja exactamente aquilo que tinha projectado na sua mente.

 

 

3. Escolha imagens em alta resolução

A qualidade de uma impressão será sempre pautada pela qualidade dos conteúdos colocados no ficheiro.

De forma a assegurar que a sua impressão tem qualidade, procure incluir no ficheiro a imagem com qualidade de 300 dpi.

Caso contrário, arrisca-se a incluir imagens que serão com pouca definição, pixelizadas ou até mesmo desfocadas.

Se vai fazer a sua pesquisa de imagens na Internet, tenha ainda em consideração que a maior parte destas imagens estão em sistema de cores RGB e não em CMYK.

 

4. Crie textos em vector

Vai utilizar elementos textuais no seu ficheiro? Se sim, então converta o texto para vectores, uma vez que estes não mudam de forma.

Mais para a frente, na impressão, isto assegurará que a tipografia que escolheu não se altera e que o texto não saia do lugar nem mude de tamanho.

 

5. Cuidado com os efeitos

Ao utilizar sombras, texturas e outros efeitos deste género, precisa de ter um cuidado redobrado para evitar que os efeitos estraguem o documento na altura em que o for imprimir.

A minha recomendação é que sim, que use todos os efeitos à vontade, mas que antes de gerar o PDF final para enviar para a gráfica, converta todo o ficheiro em bitmap CMYK 300 dpi.

 

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